Quando soube que sofria da síndrome genética de Marfan - sua valva aórtica estava dilatando e poderia se romper -, o engenheiro Tal Golesworthy começou a trabalhar em uma valva artificial que imitasse o formato da real. O britânico procurou ajuda de médicos em 2001 para realizar seu projeto.
Em geral, neste tipo de situação, os médicos recomendam uma cirurgia para a retirada da parte danificada da aorta e a substituem por uma mecânica. O engenheiro imaginou que seria mais seguro criar uma réplica de parte de sua aorta para proteger a região danificada.
Ele teria que copiar a aorta de seu corpo e reconstruí-la com materiais artificiais. Um aparelho de ressonância magnética ajudou a conseguir as melhores imagens possíveis do local. Depois, desenvolveu um modelo em três dimensões no computador da valva. O mais complexo seria a fabricação da peça final, segundo informações da revista The Engineer.
Depois de estudar vários processos, o britânico optou por usar um polímero médico e uma fibra que formaram uma camada no molde da aorta para adquirir seu formato. Em dois anos, ele conseguiu produzir uma aorta artificial de 5 gramas e que poderia ser implantada em torno de sua aorta verdadeira.
Em 2004, Golesworthy passou pela cirurgia com sucesso. Até agora 23 pessoas já usaram a mesma técnica para combater a dilatação da aorta e outras sete esperam para realizar o procedimento.
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